quarta-feira, 24 de junho de 2015

ACIONANDO O MINISTÉRIO PÚBLICO




O BLOG NADANDO CONTRA A POLUIÇÃO E O FACEBOOK DO CÃOZINHO AMBIENTALISTA IRÃO ACIONAR O MINISTÉRIO PÚBLICO DO MEIO  AMBIENTE CONTRA O  SR. MARCELO PEDROSO, PRESIDENTE DA AUTORIDADE PÚBLICA OLIMPICA(APO), INDICADO PELA PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF, POR PROMETER LANÇAR PRODUTOS QUÍMICOS NA BAÍA DE GUANABARA PARA MAQUIAR O ESPELHO D’ÁGUA PARA REALIZAÇÃO DAS PROVAS NÁUTICAS  NAS OLIMPÍADAS 2016, SEM A PREOCUPAÇÃO DO DANO QUE ISSO PODE ACARRETAR AO ECOSSISTEMA DA BAÍA DE GUANABARA, QUE JÁ SE ENCONTRA EM ESTADO TERMINAL.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

CÃOZINHO AMBIENTALISTA NADANDO COMENTA NO JORNAL "O GLOBO" E PEDE DEMISSÃO DE PRESIDENTE DO COMITÊ OLÍMPICO INDICADO PELA PRESIDENTE DILMA. VEJA NOS COMENTÁRIOS DA MATÉRIA ABAIXO:


Estado diz que fará 'paliativo do paliativo' para garantir vela na Baía de Guanabara

Gerente de sustentabilidade da Rio-2016 descarta mudança de local de prova de Vela. Estado, no entanto, admite que haverá lixo flutuante durante competição olímpica

POR JESSICA MOURA

18/06/2015 5:00 / ATUALIZADO 18/06/2015 14:14




http://og.infg.com.br/in/16477928-015-647/FT1086A/420/2015-825824005-2015061732071.jpg_20150617.jpg
Mancha de óleo na Baía de Guanabara, na altura do Porto - Parceiro / Genilson Araujo


BRASÍLIA — A pouco mais de um ano para as Olimpíadas no Rio, a gerente de sustentabilidade do Comitê Rio 2016, Tânia Braga, descartou, na quarta-feira, em audiência na Câmara dos Deputados, a possibilidade de a competição de vela ser transferida para fora da Baía de Guanabara - ou mesmo para outra cidade. Apesar disso, o governo do estado, responsável pelo cumprimento do compromisso de fazer com que 80% do esgoto despejado na Baía seja tratado, admitiu que haverá lixo flutuante nas olimpíadas durante os jogos e classificou como "o paliativo do paliativo" as soluções buscadas para a realização do evento.

- Não existe plano B para realização das provas. Nós não vamos desistir da Baía de Guanabara - disse Tânia Braga, da Rio 2016.

Contudo, o consultor do governo do estado para o Programa de Saneamento da Baía de Guanabara, Guido Géllis, reconheceu que todo o esforço serve apenas para reduzir a contaminação do espelho d'água pelo lixo flutuante:

- O que tem que se fazer é a coleta do lixo. Os ecobarcos são um paliativo do paliativo, mas mesmo assim vamos contratá-los. Eles estarão lá para minimizar a questão. Mas, infelizmente, lixo flutuante vai ter (durante as Olimpíadas) - lamentou.

Ele calculou que a despoluição da área teria um custo de R$ 20 bilhões.

Na sessão, os especialistas destacaram a dificuldade de solucionar o problema da contaminação da Baía em razão da amplitude da área poluída, que fica no entorno de 15 municípios do Rio de Janeiro, onde vivem 10 milhões de pessoas. Gélli afirma que a coleta de lixo é falha nessas regiões, o que também contribui para a perpetuação da poluição no local. 


Enquanto os representantes dos órgãos olímpicos garantiram que a área reservada aos velejadores é favorável, ambientalistas rebateram. Para eles, a Baía de Guanabara não será despoluída a tempo dos Jogos. Em maio, o presidente do Comitê Olímpico, Arthur Nuzman, admitiu que a meta de coletar e tratar 80% do esgoto despejado na baía não será alcançada.

Na audiência, o biólogo Mario Moscatelli, que monitora a degradação do ecossistema, ressaltou que os programas de despoluição foram inócuos:

— Não posso deixar de me revoltar. Algo está podre nessa questão da Baía de Guanabara. Para resolver o problema, são necessários 25 anos com políticas públicas de saneamento, esporte e educação — criticou.

Presente à audiência, o presidente em exercício da Autoridade Olímpica Marcelo Pedroso, admitiu que o nível de contaminação da Baía é elevado. No entanto, segundo ele, a área está em condições de receber a competição:

 

- Temos dificuldades, esse é um problema complexo. Mas o plano de ações nos dá tranquilidade de que a competição tem condições de se realizar nos campos de prova que foram estabelecidos para 2016. A qualidade da água tem historicamente melhorado nos seis pontos de competição para garantir o contato do atleta com a água. 


Em agosto, um novo evento teste deve ocorrer na raia demarcada para verificar a qualidade de água da Baía. Agora, a Comissão de Meio Ambiente deve agendar na próxima semana uma viagem para que uma comitiva de parlamentares visite o Rio a fim de fiscalizar a realização das obras para despoluição na área destinada aos jogos olímpicos. 


De acordo com Pedroso, medidas como a construção de ecobarreiras e a contratação de ecobarcos para coletar os resíduos serão adotadas pelo estado. Além disso, serão lançados produtos químicos na Baía de Guanabara para mitigar o lixo que fica boiando na água e garantir a realização das provas. Na marina da Glória será implantado um cinturão para evitar o deslocamento do lixo. O prazo para que essas ações sejam implementadas vence em dezembro.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/estado-diz-que-fara-paliativo-do-paliativo-para-garantir-vela-na-baia-de-guanabara-16477929#ixzz3dmxi1kE4

sábado, 13 de junho de 2015

Biólogo promove 'apitaço' pela recuperação da Baía de Guanabara
Ato aconteceu na areia da Praia de Botafogo e contou com a presença de atletas
por Maíra Rubim
06/06/2015 14:59 / Atualizado 06/06/2015 15:14


Em protesto, o biólogo Mario Moscatelli fica sentado em um vaso sanitário, na Praia de Botafoto - Fernando Lemos / Agência O Globo

RIO - Na Praia de Botafogo, sentado em vaso sanitário colocado na areia sobre um pano preto que simulava uma língua negra, e com uma megafone nas mãos, o biólogo Mario Moscatelli convidava quem passava no local para participar do "apitaço" pela recuperação da Baía de Guanabara, realizado na manhã deste sábado.
— Em 20 anos foram gastos R$ 10 milhões com a Baía de Guanabara e ela ainda está completamente poluída. As autoridades prometeram mundos e fundos quando foi anunciado que as Olimpíadas 2016 seriam aqui. Agora, falta menos de um ano e nada mudou. As pessoas que não aguentam mais ver tanto dinheiro sendo investido e nada mudar resolveram fazer um barulho para mostrar que essa situação não pode mais ser aceita — justifica o biólogo.
Atletas de windsurf, stand up paddle e canoa polinésia aproveitaram para se juntar ao grupo de cerca de 30 pessoas que protestavam e pediram melhores condições para a prática de esportes no local.
— Sempre que podemos, preferimos treinar em um local que não seja a Baía de Guanabara, apesar de ela ter as condições ideais para a prática de vários esportes. Ela está sempre muito suja e é muito ruim treinar sentido esse mau cheiro que ela tem. Também tem pedaços de lixo, madeira e coisas inusitadas que batem no barco e no remo, o que não é legal — conta Ilana Friedman, praticante de canoa polinésia.
A microbiologista clínica e hospitalar Rosemary Vega que também participava do "apitaço" mostrava para os demais presentes um estudo elaborado pelo Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que atesta os riscos para a saúde de entrar em contato com a água Baía de Guanabara.
— Há dois anos, foram feitos testes em diferentes pontos das praias de Botafogo e do Flamengo que comprovam que aqui há bactérias multirresistentes. Tenho pacientes tem essas bactérias e posso afirmar que isso é muito coisa muito grave. Os antibióticos que faziam efeito, hoje, não funcionam mais e há gente morrendo — revela Rosemary.
Além do despejo de lixo e de esgoto, outros problemas como o não funcionamento de estações de tratamento esgoto foram citados por Moscatelli como fatores que contribuem para a poluição da Baía de Guanabara.
— Há uma ocupação desordenada por todo o estado que provoca o despejo de lixo e esgoto dentro de rios que vão desembocar na Baía de Guanabara. Bacias hidrográficas foram transformadas em valões de lixo e de esgoto. Ao redor de toda a baía há estações de tratamento de esgoto que não funcionam ou operam pela metade. Enquanto não tivermos políticas de estado, habitação, transporte e saneamento o meio ambiente vão continuar pagando essa ausência e o caos vai continuar — afirma Moscatelli.
Durante o "apitaço", Moscatelli entregou para uma representante da Comissão de Direito Ambiental da Ordem dos Advogados da Barra da Tijuca um documento técnico e fotográfico a respeito da situação da Baía, solicitando a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
— Há duas semanas fizemos uma reunião com o Moscatelli e ele falou sobre a importância da assinatura de um TAC que envolva as autoridades relacionadas direta e indiretamente com a Baía de Guanabara, ou seja, os governos municipal, estadual e federal. Esse seria um primeiro passo, semelhante ao que aconteceu com a Lagoa Rodrigo de Freitas e que teve um bom resultado. Tem que haver um documento assinado para que aconteça algo efetivo e definitivo. Temos que aproveitar que a atenção de todo o mundo está voltado para o Brasil e para o Rio, por causa das Olimpíadas, para que algo seja feito. Precisamos pensar em deixar um legado para a cidade, os cidadãos e os turistas que vêm aqui — afirma Christianne Bernardo da OAB.

 IMAGEM DO PROTESTO


Manifestante pede o fim da poluição    Foto: Fernando Lemos / Agência O Globo